terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Sintese Natalícia 2010
Nesta sintese, está quase todo o nosso Natal 2010
Falta sempre uma parte:
Os que estão longe,
Para lá do Oceano Atlântico e da idade de viajar,
Noutras familias que foram criando.
Mas, também aqueles que já partiram.
Porém, continuam a ser a razão de nós próprios!
A justificar o nosso encontro ali nas raízes,
Que eles plantaram bem profundas,
Que não cedem a contrariedades,
A diferenças, humanas, de ser e estar...
Era assim que eles procediam,
Foi esse exemplo que nos deixaram
É esse exemplo que queremos deixar!
Que todas as famílias tenham tido um Santo Natal.
Presépio do Natal 2010. Carreira Arega borges
repletas de mensagem de amor e simplicidade, que a Sara trouxe consigo do seu Voluntariado em Lichinga, Moçambique numa missão de 2 anos, assim se aconchegaram as imagens do presépio que os mais novos da descendencia Borges da Carreira compuseram em tempo record, já que tudo foi feito na Véspera quando chegaram à casa onde viveram os avós e visavós, para prepararem a Consoada, onde todos os que pudemos deslocar-nos até lá fomos chegando. Foi mais um Natal em familia, como era o gosto dos que já partiram, que mantivessemos essa unidade, familiar.
Como famila cristã também fomos à missa de Natal na Igreja paroquial. Fomos surpreendidos por uma magnifica celebração, onde o Prior exaltou de forma sublime o valor da familia, como a estrutura base de uma sociedade saudável. Houve renovação de amor conjugal, em celebração de bodas de prata de três casais terminando com um momento musical com a voz do próprio padre e por si proprio acompanhado à viola e, फिनाल्मेंते, o adorar do Menino.
Foi um dos mais belos presentes deste Natal। Bençãos para as familias de Arega.Viva Arega!
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Natal de quem?
Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
Do perú, das rabanadas.
-- Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!
- Está bem, eu sei!
- E as garrafas de vinho?
- Já vão a caminho!
- Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?
- Não sei, não sei...
Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!
Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.
E Cristo Menino
A fazer beicinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!
Em tudo, tudo, eu meditoE pergunto no fechar da luz:
- Foi este o Natal de Jesus?!!!
(João Coelho dos Santos
in Lágrima do Mar - 1996)
O meu mais belo poema de Natal
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
उम कांटो दे Natal
Por estes dias, os meus olhos têm andado algo cansados e, ao que parece consultado o médico, preciso mudar de lentes.
Como é tempo de preparação para o Natal. Sim, que preparar o Natal é com aquilo que temos à mão, ou com aquilo que terceiros nos proporcionam. Desejaríamos todos que todas as pessoas do mundo tivessem ao menos um tecto para se abrigarem do frio ou do calor e que pudessem mais confortavelmente pensar a seu jeito nesta quadra que convida a reflexão e à partilha, principalmente, aos que gostam de o fazer do pouco ou do muito que tenham ao seu dispor.
Bom, mas dizia eu, que andando a pensar no Natal, no Natal em família, em comunidade, e estando nós a viver um tempo de mudança nos hábitos, na rentabilização dos meios ao dispor, porque são cada vez mais escassos, para uma grande maioria, comecei a dar voltas às gavetas procurando peças para fazer o meu presépio. É que eu este ano não fiz, não faço árvore de Natal e porquê? Porque, tenho uma exuberância de plantas naturais e tão verdes e floridas no meu terraço que achei inútil montar uma árvore artificial, por vistosa, sem dúvida, mas que não teve argumento para me convencer.
Então, lá encontrei vários adereços e as figuras de proa e comecei a montar o presépio.
Entretanto, reparei que também estava a integrar nos diferentes componentes não apenas materiais mais ou menos vistosos mas, acima de tudo, representativos de pessoas e de momentos especiais da minha vida. Estou a pensar na toalha com que revesti a camilha de apoio ao presépio. Foi-me oferecida, na despedida pelos colegas, quando me aposentei. Pensei ,especialmente, neles e nesse período da minha vida activa, já se vê. A manjedoura, a caminha do Menino, é uma saquinha de linhagem, com suportes para copos , lá dentro, carinhosamente oferecida pela Minda, no ano passado.
Mas então, dirão? E os olhos cansados que tem a ver com tudo isto? Montar um presépio com figuras deste tamanho, cansa assim tanto a vista?
Ora bem! É que nestes dias, de preparação para o Natal eu fiz mais coisas. Por exemplo fiz uns caminhos (chemains)para a minha mesa de jantar. Mas, também não é especialmente sobre esse trabalho manual que quero falar. O que eu gostava de passar como mensagem é a importância da valência que hoje alguns livros já trazem apensa - os CDs, com a narração do texto.
Já falei aqui do livro, "O Mistério das coisas erradas" da Fátima Marinho. Pois é! É que eu descobri, aquilo que a maioria das pessoas,já deve ter descoberto, por razões óbvias, que a reprodução do texto em CD, para além de servir a pessoas que não saibam ler ainda, ou nunca aprenderam por variadas razões, para invisuais, mas também para quem esteja a fazer um trabalho manual e queira aproveitar o tempo e ouvir, simultaneamente, capítulo a capítulo, a narração da história do livro. No caso concreto, a gravação está primorosa com uma voz cativante que nos prende a atenção todo o tempo.
Moral da história. Doravante, vou dar uma atenção e valoração mais cuidada aos livros acompanhados por texto gravado em CD.
Continuação de boa preparação para o Natal
sábado, 4 de dezembro de 2010
"O Mistério das coisas erradas"
"O Mistério das coisas erradas"
Mais um livro da escritora Fátima Marinho, lançado hoje na FNAC, em cujas livrarias irá ficar à venda e que eu aconselho vivamente a todas as familias em cujo seio haja ou não crianças porque as crianças são o maior e melhor investimento de uma sociedade e, por consequência, de todos nós.
Na linha da sua preocupação com as crianças todas, a Fátima Marinho, vem dar pistas e reflexões que nos podem ajudar a ajudar as crianças a crescer melhor: as que já parecem ter tudo ou quase tudo para chegar lá, mas para ajudar, principalmente, as que estão em situações diferentes em termos de oportunidades, naturais, ambientais, sociais, as mais carenciadas, de apoios e atenções.
Todos sabemos sobejamente que existem muitas organizações e associações que protegem e acompanham crianças, que necessitam de acompanhamento diferente, especial, outras porque se encontram em risco, em variados riscos. Mas, nós até sabemos disso e como tal descansamos, depois de até comparticipar e pronto, porque alguem pensa alguem age por nós.
A Directora da fundação do Gil, Margarida Pinto Correia que escreveu o prefácio do livro "O mistério das coisas erradas", alertou ali, de forma muito clara e eloquente, de quem no terreno vive e sente os problemas e dramas de muitas crianças carentes, sublinhando o papel destas instituições.
É para esta consciencialização que a escritora Fátima Marinho tem escrito e alertado, na forma como coloca esta questão pedagógica e humana, social, afectiva e correctiva, na sua "intranquilidade e manifesta incapacidade de resignação face às «coisas erradas» "
como sublinhou a seu respeito a Directora dos Serviços de Educação Especial da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação, face às situações que carecem ser olhadas de frente e com vigor o que a autora vem fazendo de há muitos anos a esta parte.
Hoje, eu considerei um tempo investido com um proveito que não tem preço. E foi, não só pela forma tecnicamente perfeita da apresentação, exemplar, mas pela temática do livro e pela forma dignificante como está tratado, pela autora e por todas as pessoas que estiveram envolvidas de alguma forma na sua feitura e lançamento.
Eu já conhecia, ainda que de forma virtual, a Fátima Marinho, através da leitura de seus postes na blogosfera. A sua escrita escorreita e sem rodeios deixava adivinhar uma personalidade forte e que neste lançamento tive a oportunidade de confirmar e conhecer um pouco mais. Depois, a Fátima Marinho, é mesmo muito bonita exteriormente, como interiormente já se adivinhava.
Por favor leiam os seus livros:
"À procura de um Lugar"
" Mistério das coisas erradas", cujos direitos de autor revertem, integralmente, para a Fundação do Gil.