Um conto de Natal
Por estes dias, os meus olhos têm andado algo cansados e, ao que parece consultado o médico, preciso mudar de lentes.
Como é tempo de preparação para o Natal. Sim, que preparar o Natal é com aquilo que temos à mão, ou com aquilo que terceiros nos proporcionam. Desejaríamos todos que todas as pessoas do mundo tivessem ao menos um tecto para se abrigarem do frio ou do calor e que pudessem mais confortavelmente pensar a seu jeito nesta quadra que convida a reflexão e à partilha, principalmente, aos que gostam de o fazer do pouco ou do muito que tenham ao seu dispor.
Bom, mas dizia eu, que andando a pensar no Natal, no Natal em família, em comunidade, e estando nós a viver um tempo de mudança nos hábitos, na rentabilização dos meios ao dispor, porque são cada vez mais escassos, para uma grande maioria, comecei a dar voltas às gavetas procurando peças para fazer o meu presépio. É que eu este ano não fiz, não faço árvore de Natal e porquê? Porque, tenho uma exuberância de plantas naturais e tão verdes e floridas no meu terraço que achei inútil montar uma árvore artificial, por vistosa, sem dúvida, mas que não teve argumento para me convencer.
Então, lá encontrei vários adereços e as figuras de proa e comecei a montar o presépio.
Entretanto, reparei que também estava a integrar nos diferentes componentes não apenas materiais mais ou menos vistosos mas, acima de tudo, representativos de pessoas e de momentos especiais da minha vida. Estou a pensar na toalha com que revesti a camilha de apoio ao presépio. Foi-me oferecida, na despedida pelos colegas, quando me aposentei. Pensei ,especialmente, neles e nesse período da minha vida activa, já se vê. A manjedoura, a caminha do Menino, é uma saquinha de linhagem, com suportes para copos , lá dentro, carinhosamente oferecida pela Minda, no ano passado.
Mas então, dirão? E os olhos cansados que tem a ver com tudo isto? Montar um presépio com figuras deste tamanho, cansa assim tanto a vista?
Ora bem! É que nestes dias, de preparação para o Natal eu fiz mais coisas. Por exemplo fiz uns caminhos (chemains)para a minha mesa de jantar. Mas, também não é especialmente sobre esse trabalho manual que quero falar. O que eu gostava de passar como mensagem é a importância da valência que hoje alguns livros já trazem apensa - os CDs, com a narração do texto.
Já falei aqui do livro, "O Mistério das coisas erradas" da Fátima Marinho. Pois é! É que eu descobri, aquilo que a maioria das pessoas,já deve ter descoberto, por razões óbvias, que a reprodução do texto em CD, para além de servir a pessoas que não saibam ler ainda, ou nunca aprenderam por variadas razões, para invisuais, mas também para quem esteja a fazer um trabalho manual e queira aproveitar o tempo e ouvir, simultaneamente, capítulo a capítulo, a narração da história do livro. No caso concreto, a gravação está primorosa com uma voz cativante que nos prende a atenção todo o tempo.
Moral da história. Doravante, vou dar uma atenção e valoração mais cuidada aos livros acompanhados por texto gravado em CD.
Continuação de boa preparação para o Natal
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